domingo, 26 de dezembro de 2010

luanna m.Pereira goveiA





Cobri a carcaça do tempo com flores
Para mandar o cheiro da culpa para o túmulo
Ateei fogo nos pensamentos mais obscuros
E assisti às cinzas subirem até os portões do Paraíso


Nos escondemos atrás da porta cor de sangue
Enquanto o Verão é assassinado pelo Outono
Vivos atrás da porta cor de sangue
Enquanto o inverno canta:
"Seu amor será minha morte"

A Morte serviu vinho aos amantes
Trazido do mundo onde os demônios reinam
E embriagaram os anjos com tristeza
Que testemunharam nos olhos de seus escravos

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